quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Musicando...



Os pontilhados mais coloridos são inesperados
Carregam sentidos e guardam silêncios.
Acho que a felicidade mora ali...
Antes do nascer das palavras, nos silêncios que repetem o mesmo refrão.
Partituras derramadas de sonhos.
Realidade desembrulhada no presente...

Por Carol Righetto

domingo, 27 de outubro de 2013

Do que fica...



Rapidamente passou, e ficou
Encontro-te no reflexo do olhar
Contemplo-te no mais profundo silêncio
Inunda o vazio dos dias
Toca com a leveza do permanecer
Transborda a alma...

Por Carol Righetto

domingo, 29 de setembro de 2013

Batendo na porta...

Era mais um dia nublado, as lembranças ficaram todas agrupadas na retina da memória.
Era assim toda vez que a saudade acordava batendo na porta.
As lonjuras eram feitas de proximidade, o olhar se perdia na linha do horizonte querendo voltar no tempo.
Nas entrelinhas da canção, na letra eternizada em papel amarelado, na volta das horas que eternizaram cada momento que o coração não soube esquecer.
Um respiro de saudade, um suspiro de reencontro.
A vida segue assim, nos trilhos que carregam memórias e futuros.
No estreito dos dias, no compasso que faz sonhar...
                                                   Há o que faz morada e sabe ficar...
 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Luz...


Caminhando sob o sol.
Recolhendo flores e gestos pelo caminho.
Assim, a menina diminuía as sombras.

Por Carol Righetto

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Compasso e espera...


O que pedia era um pouco mais de calma, de alma,
 enquanto segurava uma xícara de café.
Com o olhar perdido no horizonte a menina buscava abrigo.
Na pressa das horas, a vida só sabe continuar.
Enquanto atravessava a ponte de suas esperas, 
adoçava seu café de todo dia com duas colheres de sonho e uma de realidade.
Assim, a fé tecia seu caminhar.
Do outro lado, só desejava encontrar um olhar que salva e um abraço para descansar seus cansaços e suas saudades...

Por Carol Righetto


terça-feira, 2 de julho de 2013

Nas asas do tempo...


Foi na pausa da poesia que a vida se fez canção.
Duas ou três folhas amareladas pelo tempo 
traçaram os rastros de uma vida inteira.
Os olhos que ali se encontraram 
aprenderam a navegar por um mar de delicadezas.
Caminhou pelas linhas da singularidade, estendeu as mãos 
para recolher a sacralidade que seu coração resolveu contemplar.
Dobrava as esquinas. Caminhava com passos miúdos, quase silenciosos.
Nas asas do tempo, me escondi e me encontrei.
Percorri um labirinto de curvas, paredes e muros.
Bati a cabeça, inúmeras vezes.
Só depois o tempo me mostrou que o amor é sem saída.
Rendida, abracei as belezas da vida. Fiz canção, voei. Fui pássaro encantado.
Depois de muito navegar, percebi que é dentro de mim que quero morar...

* Poema escrito a quatro mãos com Chrys Capelli

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Templo do tempo...



As asas do tempo esticam seus (a)braços.
No leve deslocamento das horas, fico.
Minha espera transborda eternidades.

Por Carol Righetto

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Anjo...


Sem janelas, a menina não tinha medo de voar.
Caminhava e era guiada pelo brilho das estrelas.
Do silêncio que cuida, de longe.
Das palavras que fazem morada na alma.
Rastros de luz que iluminam a escuridão.
Pequenos carinhos que salvam,
versos que Deus esqueceu na imensidão do mundo.
A estrada fica mais florida quando estreito os laços, desamarro os sapatos,
e escuto a trilha da canção.
Não importa o tempo quando o céu vem fazer morada.
Ilumina a travessia.
Anjo, não precisa de asas pra voar.
É no horizonte que os sonhos se encontram...

Por Carol Righetto

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Imagem by Weheartit

Sua fala, meu poema mais bonito.
Voz que alcança o que não sei dizer.

Por Carol Righetto

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Assim Deus cuida de mim...


Quem te contou sobre meu altar particular?!
Minhas predileções, meus maiores segredos?!
Quem deixou você ter acesso aos recônditos da minha alma?!
Pode chegar. Entre sem pedir licença. Em você, Deus é poesia.
Brinque de ciranda nas rodas da vida, acenda as luzes no caminho e
plante flores na estrada que me ensina a voltar.
Silencie minhas palavras e traduza meus silêncios,
como quem esteve ao meu lado, por uma vida inteira.
Encontro é dom de almas, de raízes que se estendem pela fé,
pela confiança, pela gratuidade dos gestos.
Empreste cores aos meus dias monocromáticos e me faça sorrir,
mesmo quando só sei ser quietude.
Acompanhe minha solidão.
Qaundo sentir saudade, venha. Caminhe ao meu lado.
Os dias ficam muito melhores quando partilhados nos trilhos, trilhas,
versos e prosas que a vida misteriosamente nos dá de presente...

Por Carol Righetto

quinta-feira, 21 de março de 2013

Cores de Outono...



Corre segundo o caminho do vento.
Carrega o dourado do sol, da luz que a faz brilhar,
da chama que aquece e ilumina suas palavras.
Um dia desembarcou naquela estação e nunca mais soube partir.
Atravessou o tempo. Espera pelo florescer sem alardes.
Respira ares de melancolia a cada despedida.
Por isso permanece revestida de palavras e silêncio.
Sua vida é carregada de sonhos que florescem naquele olhar...

Por Carol Righetto

sexta-feira, 15 de março de 2013

Alma em sépia...

 
 
Sim, minha alma é antiga.
Sou tocada por delicadezas, embalada pelo gosto das coisas simples.
Pessoas andam "trocando passos com a solidão".
Mundo das pressas. Não existem pausas.
Por onde andam os olhares que conversam, os sorrisos que se tocam,
as palavras que silenciam?
Multidão. Um olhar que nos retire dela, que empreste cores.
Que descanse e trilhe um horizonte de sentido.
Que seja com - verso e prosa.
Na varanda da alma, tomando café, alinhavando sonhos.
Caminho em sépia.
Até o próximo (re)encontro.
 
Por Carol Righetto


quinta-feira, 7 de março de 2013

Trilhos da vida...


 
Um desatino, um fio solto no tempo
Retas que se cruzam, caminhos que se encontram
Os ventos trazem palavras, juntam os pedaços espalhados.

Tecem direção enquanto uma estrela brilha na fresta da janela,
toda vez que passam, toda vez que voltam,
toda vez que ficam e permanecem.
Os sonhos fazem seguir nos trilhos da vida.
 
Por Carol Righetto

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Desde sempre...

 
 
Você sempre esteve ali
Brincando de poesia
Pontilhando de sonhos
a estrada que cruza os caminhos.
Encontro revestido de eternidade
Estando além de qualquer horizonte
Estreitando laços, guiando passos.
Um jeito silencioso de ver além dos olhos,
de escutar o que mora nos recônditos da alma.
Me olho e (em Ti) me reconheço
Reflexo de minhas verdades
Onde a emoção faz morada.
 
Por Carol Righetto


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Intervalo...

Imagem by Weheartit

Em um dia monocromático abri a janela para repousar algumas saudades.
Enquanto sentia os suaves pingos de nostalgia,
o aroma do café antecipava um tempo do que ainda não vivi.
Quando o coração fala, Deus fala por nós.

A vida cabe aqui...
Em um breve intervalo de sonho.

Por Carol Righetto 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Desconectar...

Imagem by Weheartit

É preciso desconectar de tudo que me trava o riso,
 que me entristece, que me tira do eixo.
Esbarrar em algumas indelicadezas mofam a alma, travam o dia, paralisam o passo.
É preciso desconectar do tudo que faz doer, que desalenta, que nubla o tempo.
Caminho em direção ao que me devolve. 
Do que dissolve minhas pressas, repousa meus cansaços.
Da conexão que existe no perto, mesmo que distante, do silêncio que vela.
Questão de predileção, sempre!
O que é pequeno vai com o vento. O que é imenso chega pelo carinho de Deus e inaugura os dias, resignifica as horas, semeia poesia e faz crer.
Me empresta continuidades...

Por Carol Righetto

domingo, 13 de janeiro de 2013

Melancolia em flor...


Os dias amarelam as folhas do calendário
O vento forte vem junto com minhas saudades e continuidades
Me esqueço em cada palavra, em cada verso e olhar
Só assim consigo florescer.

Por Carol Righetto