sexta-feira, 10 de abril de 2015

Por quem nos descreva melhor do que nós mesmos...



"Você não queria, mas disse adeus. Não havia mais nada que fizesse aquele amor ficar. Restaram somente você e os sonhos que um dia foram de duas pessoas.
No vazio do quarto silencioso, sua vontade de se levantar ficava escondida no canto mais frio debaixo da cama. Estava tudo fora do lugar. Móveis, objetos e pensamentos se perderam na bagunça da despedida, na partilha para decidir quem fica com o quê.
Machucaram-se as flores do canteiro da janela e você se esqueceu por que precisava sair de casa para viver..."

Por Rebeca Bedone

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Do que é (in)esperado...


Tudo teve início nas palavras.
O sentir chegou primeiro, antes do gesto.
Elas tocaram a alma. 
Percorreram as estradas da vida e entraram no coração.
O destino esticou seus braços, fez laço, espalhou flores pelo caminho.
A luz de uma certeza guiou seus passos.
Fez nascer um encontro. Tão inesperado, tão esperado!
Pude ver a luz que saía de seus olhos.
Iluminaram minha vida.
Quando você segurou minhas mãos tive certeza que você chegou pra ficar.
O amor é assim (in)esperado.
A gente sente e ele vive...

Por Carol Righetto

domingo, 23 de março de 2014

Um dia sem som...


Abriu a janela. Lá fora as cores do outono.
A palavra muda. O vento corta as estradas da alma.
A estação vazia. Contrastes em preto e branco.
Emudeceu. Desceu com os pés descalços, cansou.
No adeus não dito, viu seus avessos.

Por Carol Righetto

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Musicando...



Os pontilhados mais coloridos são inesperados
Carregam sentidos e guardam silêncios.
Acho que a felicidade mora ali...
Antes do nascer das palavras, nos silêncios que repetem o mesmo refrão.
Partituras derramadas de sonhos.
Realidade desembrulhada no presente...

Por Carol Righetto

domingo, 27 de outubro de 2013

Do que fica...



Rapidamente passou, e ficou
Encontro-te no reflexo do olhar
Contemplo-te no mais profundo silêncio
Inunda o vazio dos dias
Toca com a leveza do permanecer
Transborda a alma...

Por Carol Righetto

domingo, 29 de setembro de 2013

Batendo na porta...

Era mais um dia nublado, as lembranças ficaram todas agrupadas na retina da memória.
Era assim toda vez que a saudade acordava batendo na porta.
As lonjuras eram feitas de proximidade, o olhar se perdia na linha do horizonte querendo voltar no tempo.
Nas entrelinhas da canção, na letra eternizada em papel amarelado, na volta das horas que eternizaram cada momento que o coração não soube esquecer.
Um respiro de saudade, um suspiro de reencontro.
A vida segue assim, nos trilhos que carregam memórias e futuros.
No estreito dos dias, no compasso que faz sonhar...
                                                   Há o que faz morada e sabe ficar...
 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Luz...


Caminhando sob o sol.
Recolhendo flores e gestos pelo caminho.
Assim, a menina diminuía as sombras.

Por Carol Righetto