quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Uma forma de cuidado...

                                             Imagem do livro Amigo - Pe. Fábio de Melo

Bom e raro quem nos empresta um horizonte e multiplica quem somos com seu dom de nos refletir de um jeito novo
Nos mostrando a parte positiva dos tropeços que vez em quando levamos da vida
Que conhece nossa melhor e nossa pior parte, por saber que nosso significado é maior que nossa utilidade
Sabe nos ouvir no momento certo, acolhendo nossa história, com todos os nossos erros e acertos
Que nos recorda que saudade é um fio de vida que nos torna mais humanos
Que a solidão vez em quando é necessária, mas que tenhamos a certeza de um abraço para onde voltar
Que uma das formas de leveza na alma é poder ter um olhar que compreende e que acredita em nós, antes mesmo que pudéssemos compreender
Ter a possibilidade e a certeza de direção, de caminho, por saber que existem mãos estendidas, de quem sopra pequenas coragens em forma de palavras e silêncios
Bom e raro quem nos empresta aquilo que às vezes nos falta, ou que não sabemos compreender sozinhos, como uma das formas mais aprimoradas de cuidado.

Por Carol Righetto

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Do absurdo ao sentido...

Imagem by weheartit


A distância do que me salva é como tocar a escuridão,
caminhar a esmo, esbarrar no vazio.
O horizonte sempre foi o mesmo,
abriga encontros que me refletem, devolvem.

No preto e branco da vida,
por vezes há detalhes que distanciam,
mas nunca perdem a cor que dá sentido.

Sopro que me acorda,
fio de existência que me guia,
nunca deixa de ser direção.
Feito de pequenas iluminuras,
que fazem dos significados sua raiz.

Por Carol Righetto

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Céu rosado...


Naquele dia o céu não apresentava seus tons azuis
Tão pouco carregava nuvens cinza
O que via era o extraordinário de seu tom rosado
Chuva anunciada
Se aproximava sem causar alarde
Eu ali, sem poder correr
 Sem poder me esconder
Só sabia permanecer
Mas a chuva não veio, ficou resguardada
Assim como o instante que ficou eterno
Nos olhos que sempre encontram reminiscências
Em um céu rosado.

Por Carol Righetto