terça-feira, 30 de julho de 2013

Luz...


Caminhando sob o sol.
Recolhendo flores e gestos pelo caminho.
Assim, a menina diminuía as sombras.

Por Carol Righetto

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Compasso e espera...


O que pedia era um pouco mais de calma, de alma,
 enquanto segurava uma xícara de café.
Com o olhar perdido no horizonte a menina buscava abrigo.
Na pressa das horas, a vida só sabe continuar.
Enquanto atravessava a ponte de suas esperas, 
adoçava seu café de todo dia com duas colheres de sonho e uma de realidade.
Assim, a fé tecia seu caminhar.
Do outro lado, só desejava encontrar um olhar que salva e um abraço para descansar seus cansaços e suas saudades...

Por Carol Righetto


terça-feira, 2 de julho de 2013

Nas asas do tempo...


Foi na pausa da poesia que a vida se fez canção.
Duas ou três folhas amareladas pelo tempo 
traçaram os rastros de uma vida inteira.
Os olhos que ali se encontraram 
aprenderam a navegar por um mar de delicadezas.
Caminhou pelas linhas da singularidade, estendeu as mãos 
para recolher a sacralidade que seu coração resolveu contemplar.
Dobrava as esquinas. Caminhava com passos miúdos, quase silenciosos.
Nas asas do tempo, me escondi e me encontrei.
Percorri um labirinto de curvas, paredes e muros.
Bati a cabeça, inúmeras vezes.
Só depois o tempo me mostrou que o amor é sem saída.
Rendida, abracei as belezas da vida. Fiz canção, voei. Fui pássaro encantado.
Depois de muito navegar, percebi que é dentro de mim que quero morar...

* Poema escrito a quatro mãos com Chrys Capelli