quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Trago...

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Dentro de uma simplicidade, de um detalhe que se alonga no tempo
há o abrigo de sentidos que minha humanidade desconhece,
e reveste de encanto qualquer tristeza.
Trago na estrada de meus passos
tudo o que guia minha alma e alarga meus dias, sempre.

Por Carol Righetto

sábado, 22 de dezembro de 2012

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Simples assim...


Piso com pés descalços as estradas da alma
Recebo os encontros como carinho de Deus
É no mistério que costuro laços e sorrisos nos dias
No abraço que acolhe,
na palavra que me recorda verdades e me faz seguir.
No olhar que compreende,
na amizade que caminha de mãos dadas.
Na soma das miudezas que agigantam a vida
Só consigo agradecer.

Por Carol Righetto

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Bem querer...


Alonguei o olhar na beira da palavra
Encontrei morada ao redor do que me afeta
Desprendi o choro emocionado por tanto tempo contido no peito.
Esqueci as horas, resguardei os gestos.
Tudo se reinventa em um instante, sem medidas.
Pelo sentido que perpassa o tempo,
Acolho com as mãos um pedaço do céu em cada canto dos meus dias.

Por Carol Righetto

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Delicadeza pousada...


Como uma delicadeza pousada
Um sentido que se alonga no tempo
A poesia empresta cores ao meu olhar, por vezes nublado.
Rabisca no horizonte novas estradas tecendo sorrisos
Alonga na alma o infinito e a leveza das coisas simples
Carrego-as comigo.

Por Carol Righetto

sábado, 17 de novembro de 2012

Dos laços...


Dentro de um por acaso, o que nos faz permanecer?
Há o que não se impõe, nem se mede
Não pertence à lógica do tempo e foge de qualquer explicação
Amizade, amor, carinho, reciprocidade, confiança
Gratuidade do gesto no cultivo do tempo
Encontro de "nós", que cria laços, mas não sufoca
Compreende limites e possibilidades
Cuida e deixa livre pra sempre ter por perto
Trama invisível da vida, um jeito silencioso de Deus chegar
Estar ao nosso lado e permanecer
Com sua maneira de nos colocar no colo e fazer cafuné
Estar por perto quando nosso silêncio não sabe dizer, e só.

Por Carol Righetto

sábado, 10 de novembro de 2012

O que não cabe no tempo...


Há o que não desbota, não amarela e nem perde o significado
O que nos encontra por um mero acaso e vale por uma vida inteira.
O que resgata a emoção diante dos olhos,
que a palavra não soube esquecer.
O Sagrado no tempo e em mim.

Por Carol Righetto

domingo, 4 de novembro de 2012

Em um canto qualquer...


Às vezes a gente só precisa de um olhar demorado,
de um pouco de cuidado, pra esquecer a tristeza em um canto qualquer.

Por Carol Righetto

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Lágrima...


Escorre pelas rachaduras da alma
Pede passagem e se despede de saudades e ausências
Escorre só para preencher vazios
Carrega todo sentimento do mundo
De uma vida que não se cansa de doer
O que ela quer é chorar.

Por Carol Righetto

domingo, 28 de outubro de 2012

Viver...

Imagem by Weheartit

Rabisco mais uma folha em branco
Sinto mais uma gota de chuva que me abraça
Deixo que o tempo ocupe todos os espaços sagrados
Que deságue toda dor de um poema sem métrica.

É no silêncio que encontro a palavra certa,
mas é no viver que encontro poesia.

Por Carol Righetto

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sem pretensão...


Na melancolia das horas
Entre os pingos de chuva
No monocromático que contorna o horizonte
No silêncio dos dias vazios
Que a felicidade chegue sem pretensão
Puxe a cadeira e me faça companhia
Que meus olhos nunca percam a sensibilidade
De eternizar sorrisos.

Por Carol Righetto

domingo, 21 de outubro de 2012

Infinitos...



Vez em quando acontece,

De atravessarmos a rua de nossos próprios caminhos
De amanhecermos os dias com simples palavras
De recolhermos gestos que nos foram entregues
De bordarmos sorrisos onde só havia escuridão
De confiarmos no improvável,
no desconhecido, pela força que nos une.
De depositarmos a fala em um lugar seguro
De encontrarmos morada para nossos silêncios
De concedermos aos nossos pés o direito de continuar
De rabiscarmos no céu o contorno de novas estrelas...

Sem abrirmos a janela da alma não há horizonte que habite infinitos.

Por Carol Righetto



sábado, 13 de outubro de 2012

Silêncio do tempo...


Limpou a poeira do tempo para inaugurar novas chegadas
Desocupou todos os excessos
Ocupou os espaços com nova brisa de coragem.
Acreditar é seu destino mais bonito
O caminho que seus pés não cansam de percorrer.

Por Carol Righetto

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sem tradução...


Em algumas palavras me encontro
Em vidas que andam em comunhão
Que devolvem o passo ao meu caminhar
Na frequência do olhar que empresta a calma 
Que escapa na pressa do tempo
No alcance dos meus silêncios 
Que não precisam de tradução
Na luz que existe mesmo em dias nublados
Do cuidado que faz morada nas estradas da alma.

Por Carol Righetto

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Desacontecer...


Veio e não deixou aviso
Dissolveu todos os sentidos
Foi cúmplice de toda dor
Coube na imensidão de um céu monocromático.
Em um tempo que não se determina
Fecho os olhos enquanto espero amanhecer...

Seu poder de recomeço me faz desacontecer.

Por Carol Righetto

sábado, 15 de setembro de 2012

Além...


Vive de guardar detalhes
Coloca a alma na janela 
Para adormecer a realidade
Anda onde os pés não alcançam
Sua memória ama com o coração
Caminha sobre o céu pontilhado de estrelas
Carrega as lembranças que deixaram
E traz no olhar o brilho da luz que a guia.

Por Carol Righetto

domingo, 2 de setembro de 2012

Sou...


Sou...

Verbo a procura da palavra
O não dizer que segreda os silêncios

Sou procura...

Pela luz que ilumine minhas sombras
Pela calma que diminua minhas pressas
Pela cura que cicatrize minha dor
Pelo olhar que encontre (novamente) minha alma
Pela chuva que lave minhas tristezas

Sou espera...

Pelo tempo que ainda insiste
Pelas entrelinhas que pontuam meus dias
Pela primavera que irá despertar
Pelo que torne a vida algum infinito

Sou o que reverbera!

Por Carol Righetto

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Devolução...


Adormecia suas ausências
Esquecia algumas tristezas
Bordava algumas alegrias no canto do sorriso
Criava morada em sua memória
O que tinha nas mãos era um registro carregado de saudade
Que nunca finda, que nunca para de acontecer.
Cada canto tinha um vazio que não se preenchia
Cada inteiro compunha as partes que não partem
Sem começo, meio ou fim
Era somente uma forma de encontro
quando se esquecia em algum lugar.

Por Carol Righetto

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Inesperado...


Com medo dos desencontros espiava pela fresta
Com as mãos trêmulas misturada na pressa das horas segurava sua coragem.
Aproximou-se da luz e ali encontrou a imensidão escondida em pequenas medidas
Conseguiu guardar nos olhos uma estrela que a guiava
Surpreendeu-se com o inesperado brilho que a tornou inteira.
Parou, e naquele canto de mundo permaneceu,
contemplando as miudezas que se escondem e se revelam 
no mistério de um mesmo céu.

Por Carol Righetto

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Entre o vazio dos dias e o eterno em mim...


Não esperava muita coisa,
tinha consciência dos fragmentos do tempo,
mesmo assim seguia.
Dobrava as esquinas do inesperado
trazia em sua bagagem 
apenas as singularidades que lhe habitavam.
Não gostava de multidão,
tinha olhar de predileção,
precisava de leveza para continuar a voar.
Vez em quando voltava,
esse era seu jeito de carregar saudades
para desembarcar na próxima estação.

Por Carol Righetto

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Manuscrito...


Linhas traçadas de longas esperas
Rasuras na alma esquecidas num canto qualquer do coração.
Abriu as gavetas de suas reminiscências
E descobriu nelas um tesouro guardado.
Em um papel já amarelado pelo tempo estava escrito:

"Meu silêncio encontrou com o seu e juntos guardaram um segredo"

Por Carol Righetto

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Poesia...



Poesia é eterna procura, eterno encontro.
É tudo que do mundo do outro
cabe no mundo da gente.

A gente sente...

Por Carol Righetto

terça-feira, 31 de julho de 2012

Antes que eu pudesse compreender...


Hoje completa um ano que rabisco algumas palavras por aqui
Não sei dizer como comecei a escrever
Não sei se busco as palavras ou são elas que me encontram
Há o que não faz sentido, faz sentir
Escrever é minha forma de calar
Segredar meus motivos, dividir o que vai além do dizível
Escrevo como uma forma de encontro,
comigo e com olhares que ainda acreditam,
que completam o que em mim falta.
Escrever é minha forma de emprestar significados
Uma ponte que continuo a atravessar...

Por Carol Righetto

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Presença e Ausência...


Que esta carta seja um convite
Que a palavra não seja um abismo,
mas encontro com quem a recebe.
Que venha acompanhada de atitudes reais
Que quebrem o desencontro dos dias
Que a multidão não seja habitada pelo vazio
Onde ecoam os sussurros do desprezo e da solidão
Que o gesto esteja ao alcance das mãos
Que o perfume de um carinho recebido, por menor que seja, 
possa ser guardado na alma e tenha como morada a continuidade
Que com o passar do tempo, o amarelado seja somente nas cartas,
e não nos sentimentos a espera de abrigo
Estamos debaixo de um mesmo céu
Não sei dizer porque nos encontramos,
mas o que importa são os motivos pelos quais nos elegemos.

Por Carol Righetto

terça-feira, 17 de julho de 2012

Margens de mim...

Imagem by weheartit

Caminho às margens de mim
Nas linhas que compõe os tons da alma
Dissolvo as distâncias, o amargo dos dias
O gesto não alcançado, a palavra não proferida
Resguardo os segundos improváveis
Os contrários tão cheios de significados
A delicadeza dos detalhes
A singularidade que ecoa em meio ao todo
Silencio o significado que não coube em palavras.

Por Carol Righetto

terça-feira, 3 de julho de 2012

Existe...


Existe uma Lua em uma fresta
Um extremo em meu encontro
Um coração em minha saudade
Uma despedida em meu reencontro

Existe uma voz em meu silêncio
Um esquecer em minha lembrança
Um horizonte em minha fé
Um poema em minha palavra.

Por Carol Righetto

domingo, 24 de junho de 2012

Liquidez...


Fluidez dos passos, permanência de mergulhos rasos
Se perdem na imensidão das distâncias
No desencontro de sentidos, tempos idos
De tudo que só soube ser metade, uma história sem identidade
Escorre pelo vão da vida, reflexo de suas distrações
Curvas que se perdem entre os destinos
Ciclo do tempo, remanso da alma.

Toda dor é água que se dissolve em poesia
E renasce em lágrimas para florescer sorrisos.

Por Carol Righetto

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Redentor...

Presente da amiga Patrícia Saviolli

Um retalho de vida, um gesto salvífico, um olhar redentor
Morada humana, devolução divina
Um único motivo desdobrado em tantos significados
Encontros que nos devolvem e acolhem a alma
Razões que ultrapassam a lógica do tempo
Para fazer morada no eterno
Surpresas que a vida nos reserva 
Como o aconchego de um abraço
Que chegam por mãos humanas
Em forma de prece.

Por Carol Righetto

domingo, 10 de junho de 2012

Escrevo...


Escrevo para desacelerar o tempo
Para aproximar um instante
Para acomodar as pressas da alma
Para aquietar o coração
Escrevo para que meu olhar consiga te encontrar, sem desvios
Para a coragem ganhar espaço, deixando o medo bobo de lado
Escrevo para tentar encontrar seu sorriso
Para tocar em suas mãos
Para soltar minhas dúvidas e abraçar minhas certezas
Escrevo para que o meu sentir ganhe sentido
Mas hoje, por cura ou espera, estou fazendo silêncio.

Por Carol Righetto

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Fotografia de um amanhã...


O recorte em tons sépia fragilizou-se com o tempo
Quando as lembranças foram embora
Deixaram de ser vivas
E os dias ficaram distantes

A vida segue em preto e branco
Contornos cinza entram pela janela
Invadem os instantes
As palavras se perdem
Os gestos se desencontram
Tudo é efêmero, nada mais sabe ficar

As cores permanecem entre as frestas
Buscando pelo caminho motivos e um horizonte
Que aos olhos se revelem.

Por Carol Righetto

domingo, 27 de maio de 2012

É preciso Res-Pirar

Imagem by Fernando Righetto

Assim era seu jeito de eternizar o tempo:
nas horas que correm, parava.
E guardava dentro as partes que não partem.

Por Carol Righetto

quarta-feira, 23 de maio de 2012

(Des)encanto...

Imagem by weheartit

Diminuir as distâncias
Facilitar os acessos
Que não seja extremo, que seja inteiro
Conectado com suas essências
Tudo deixa de ser efêmero
Que os significados não sejam jogados no chão
Que sejam alcançados com a mão
Guardados dentro
O encontro com as próprias escolhas
Faz restar o encanto, e deixa o desencanto
Sem canto pra permanecer.

Muitas coisas/situações na vida são desencontros. 
Outras, por vezes, são somente uma porta que esquecemos de abrir.

Por Carol Righetto

sábado, 19 de maio de 2012

Clave...


Vez em quando me distraio
Sinto harmonias que acordam docilidades
Entre pausas, entrelinhas e tons
Há o que nos toca e acende o sol na alma.

Por Carol Righetto

terça-feira, 15 de maio de 2012

Concreto...


O dia despediu-se das cores
Descuidou-se das horas
Apressou os passos
Desencontrou-se das esperas
Fez da sombra sua brecha
Percorreu distâncias
Viu nos contrários um sentido
Desfez suas malas e seguiu
No concreto da vida - cuido
Para que os cansaços descansem
No entardecer das horas
Reencontro motivos para amanhecer.

Por Carol Righetto

sábado, 12 de maio de 2012

Gotas...


Chegou com os ventos outonais
Tocou em minhas mãos
Despertou meus sonhos
Compartilhou meus segredos
Transbordou meus sentidos
Plantou uma realidade
Abraçou meus motivos
Me traz paz
Quando bate em minha janela
E vem me visitar
Chuva...de um céu infinito.

Por Carol Righetto

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mosaico...


Somos fração, cada detalhe compõe o todo
Como um mosaico que se constrói aos poucos
Feitos de limites e possibilidades
A (in)completude nos aponta para a busca da inteireza
Onde haverá sempre um retalho de vida a ser bordado na existência
O importante é continuar caminhando
E que cada suspiro faça a vida valer a pena.

Por Carol Righetto

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Passos...

Foto by Felipe Morandin

São os caminhos que nos levam
Ou nós é que levamos os caminhos?
No rumo de silêncios e sombras
Pequenas iluminuras ressoam
Nas passagens que me guiam
Recolho as pegadas que sabem permanecer.

Por Carol Righetto

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Do que não se mensura...

Imagem by weheartit

Ainda há um resquício de dia
Uma janela e um horizonte
Dentro do inesperado há
Caminhos que se encontrem
Vínculos que se estabeleçam
Palavras que nos salvem
Versos que nos traduzam
Saudades que nos aproximem
Olhares que nos devolvam
O indizível que o pensamento alcança
Vozes que emprestam sentido ao silêncio
Falas que nos calam e nos despertam
De tudo que atribui sentido
E não se mensura.

Por Carol Righetto

domingo, 22 de abril de 2012

Dois mundos...

Imagem by weheartit

Viver e sentir: dois mundos
Às vezes não se cruzam
Mas se olham, conseguem se ver
Há o que tocamos com a ponta dos dedos 
e não conseguimos alcançar
Há o que nos toca sem encostar
No caminho feito de (in)completudes
Que a vida se alongue em cada sonho.

Por Carol Righetto

quinta-feira, 19 de abril de 2012

(Co)movem...

Imagem by weheartit


Gosto das palavras que (co)movem
Das que me encontram
E me ensinam a voltar.

Por Carol Righetto

domingo, 8 de abril de 2012

Pequenos milagres...

Imagem by weheartit


Que nas passagens da vida os pequenos milagres nunca parem de acontecer.

Por Carol Righetto


sábado, 24 de março de 2012

(C)oração...


Metáfora de todo sentir
Revestido de sacralidade
Carrega no peito uma oração
Que diminui lonjuras
Pulsa por proximidade
Empresta e necessita de cuidados
Carregado de sentido em sua singularidade
Abriga totalidades (e)ternas.

Por Carol Righetto

segunda-feira, 12 de março de 2012

(Re)construir...



Vejo a existência como um ninho. Eterna (re)construção.

Sábios são os passarinhos. Demoram no jeito de olhar, escolhem o melhor lugar, o mais seguro. Protegem o que é frágil através das escolhas.
Há o que possa desmoronar, machucar, quebrar, mesmo que todas as reservas de cuidados estivessem ali, plantadas.

Somos assim também. Feitos de pequenas escolhas que tecem o ninho da vida.
Direito nosso, tão singular e tão plural. Tudo depende do que fazemos, do que nos afeta e pode afetar o próximo.

Há muito o que ainda falta...

Falta percepção e cuidado com o que está próximo ou distante, falta confiança no gesto, falta tirar as máscaras do coração, falta limpar a gaveta das mágoas.

Mesmo que falte muito, que a desistência quase caiba dentro da existência, os pássaros, mesmo assim, não desistem.

Seu querer é mais forte para tecer tudo de novo, fio a fio.
Cantam alto, compõe uma nova melodia, olham para dentro.

Por Carol Righetto



domingo, 4 de março de 2012

Um gesto...






Diminuir os espaços do tempo.

Às vezes a felicidade está
a um gesto de distância.

Por Carol Righetto